Oséias 6:3 “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor: como a alva será a sua saída; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra”.
Filipenses 3 (Ler todo, especificamente verso 14)
O apóstolo Paulo fala claramente que ele considera todas as coisas por perda, no sentido de que não utilizaria esses títulos, dons e talentos, nem confiaria neles como ponte para crescer ou para de alguma forma ser alguém no Reino.
Nos versos 13 e 14 ele diz que prossegue para o alvo deixando para atrás as coisas (muitas) que talvez até foram importantes em seu momento, mas nos mostra que devemos andar em novidade de vida olhando para frente, para as coisas que nos foram propostas como alvo.
Existem muitas coisas que nos distraem e nos desviam do alvo principal, por isso devemos olhar para adiante.
Lucas 9: 1 a 4
1) Reunindo os Doze, Jesus deu-lhes poder e autoridade para expulsar todos os demônios e curar doenças,
2) e os enviou a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos.
3) E disse-lhes: “Não levem nada pelo caminho: nem bordão, nem saco de viagem, nem pão, nem dinheiro, nem túnica extra.
Lucas 10: 1 e 4
1) Depois disso o Senhor designou outros setenta e dois e os enviou dois a dois, adiante dele, a todas as cidades e lugares para onde ele estava prestes a ir.
2) E lhes disse: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Portanto, peçam ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para a sua colheita.
3) Vão! Eu os estou enviando como cordeiros entre lobos.
4) Não levem bolsa, nem saco de viagem, nem sandálias; e não saúdem ninguém pelo caminho..
A primeira equipe convocada por Jesus para sair em viagem missionária (Lucas 9), foi “batizada” com poder e autoridade para curar enfermos, expulsar demônios e obviamente pregar o Evangelho por toda parte.
Mas Jesus lhes deu algumas indicações sobre coisas que não deviam levar (verso 4)
Primeiro Ele disse “não levem bordão” (em Marcos 6:8 disse levem apenas um bordão).
O que é um bordão? Uma vara, ou cajado, usado pelos pastores para apascentar as ovelhas, para espantar os predadores, para cutucar as ovelhas preguiçosas, para puxar alguma ovelha entalada, etc. Mas também era usado como muleta ou apoio para descansar durante a caminhada. Moisés usou o bordão para fazer alguns sinais e milagres no Egito (coisas que os magos do Egito também fizeram), e estendeu o bordão para que se abrisse o Mar Vermelho (Ex 14: 16) e para ferir a rocha da qual saiu água.
Na verdade Jesus estava dizendo para não confiar em bordões, por isso em Marcos 6 esta registrado “levem apenas um bordão”, porque as vezes é necessário usar.
Em II Reis 4 temos um exemplo de dependência de bordão. (ler a partir do verso 8 ao 37)
Você pode observar que Eliseu tratou dum assunto sério com muita displicência. A sunamita foi atrás dele porque o filho morreu e Eliseu mandou o servo dele ir até o menino e colocar o bordão sobre o rosto dele, mas nada aconteceu.
Nessa passagem vemos claramente que o bordão de Eliseu falhou, assim como falham os bordões quando nos tornamos dependentes deles.
È o que os ministros usam quando “não esta rolando nada”. Mas Jesus nos deu poder e autoridade para resolvermos os problemas sem dependermos do bordão.
Por isso Ele disse: “não confiem em bordões”.
Outra coisa que Jesus disse que não precisavam levar era “bagagem”.
A bagagem se torna um fardo difícil de carregar com o passar do tempo.
O que seria a bagagem no nosso tempo?
Os títulos, CDs, DVDs gravados, público assistente, anos de ministério, fama, mídia, etc.
Nada errado com isso, mas o problema é a dependência dessas coisas. Nós não podemos confiar em bagagem, mas precisamos confiar no Senhor e no poder e autoridade que Ele nos deu.
Existem lugares onde os missionários não podem entrar como tais, mas precisam entrar como enfermeiros, médicos, professores. Nesse caso precisam de um título, de uma bagagem. Mas esses títulos e bagagens servem apenas para abrir as portas, neles não existe autoridade para pregar, expulsar demônios ou curar enfermos. Para isso precisamos do poder e autoridade que Jesus já nos deu.
Certa vez na igreja foi convidado um pregador estrangeiro. Um homem cheio de títulos, cheio de “bagagem”. Antes do pregador subiu ao púlpito uma “assessor” ou algo assim, que começou a falar dos títulos e das façanhas desse “super pregador”. Durante mais ou menos 20 minutos esse homem falou. Depois subiu o tal ministro. Ele falou por mais 20 minutos sobre o livro que estava à venda na saída da igreja, convencendo a platéia de que não poderia ir embora sem levar esse livro. Depois de tanta conversa eu pensei:
-Agora vem a palavra, deve ser uma benção, um alimento tremendo!
Para minha decepção a palavra foi fraquíssima, que até minha filha adolescente na época poderia ter pregado. Ou seja, de acordo com a bagagem que foi apresentada, logicamente eu esperava uma noite de mergulho espiritual. Que decepção!
Ele tinha muita bagagem mas nada de unção.
Em Lucas 10 acontece algo semelhante:
Jesus disse praticamente as mesmas coisas para a equipe dos setenta (ou setenta e dois), mas tem um acréscimo no verso 4: “não saúdem ninguém pelo caminho”.
Será que Jesus estava dizendo que os discípulos deviam ser mal educados ou algo assim?
Na verdade naquela época existia um costume chamado “longas saudações”. E os judeus peregrinos poderiam gastar dias numa saudação!
Lembra o que Eliseu disse ao seu moço Geasi no episodio do bordão?
II Rs 4:29
Então Eliseu disse a Geazi: “Ponha a capa por dentro do cinto, pegue o meu cajado e corra. Se você encontrar alguém, não o cumprimente e, se alguém o cumprimentar, não responda. Quando lá chegar, ponha o meu cajado sobre o rosto do menino”.
O que Eliseu e Jesus estão querendo dizer é: -”Não se distraia pelo caminho”.
São os desvios à direita ou a esquerda. Muitas vezes nos distraímos no meio da caminhada e fazemos alvos próprios, que nos vão distanciando do alvo principal.
As coisas que nos distraem nos nossos ministérios são muitas. É muito fácil se distrair com coisas aparentemente corretas mas que nos levam a desviarmos do nosso objetivo principal.
No meu caso, como já contei várias vezes, os CDs se tornaram uma fonte de distração. Gravei o primeir, foi benção, ai me empolguei, gravei o segundo e o terceiro, e quando vi já estava me dedicando mais ao mercado do que a buscar o Senhor. Me preocupava mais em como atingir o publico com canções “vendíveis” do que alcançá-lo com canções profundas e pregações ricas. Nesse momento eu percebi que havia perdido o foco.
Voltar atrás foi difícil mas nem tanto. Eu peguei meus CDs e coloquei na mão de um responsável para distribuir, e eu nem me preocupava com mais nada a não ser com a pregação da palavra e ministração.
Eu sei que têm pessoas que são chamadas para administrar e fazem isso muito bem, mas eu fui chamado para a pregação da Palavra. E é isso que vou fazer, é nisso que vou gastar minhas forças.
Tudo o que precisamos para fazer a obra de Deus, Ele já nos deu. Poder e autoridade. É nisso que precisamos confiar.
Uma pergunta para finalizar
O que te distrai?
Paz para teu coração
Paz para teu coração
Por: Jorge Russo
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