Os que semeiam em lágrimas ceifarão com alegria, Aquele que leva a
preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria,
trazendo consigo os seus molhos." Salmos 126.5,6
Todos nós já sentimos tristeza, ela é um fato da vida.
Quem nunca sentiu o peito apertado, um nó na garganta, ou uma vontade de
chorar... quem já não passou por isso? E por mais explicações que tenhamos a
respeito, ou por mais que saibamos os motivos do que estamos a sentir, o que
podemos fazer para melhorar?
Amigos, é impossível viver esta vida sem experimentar tristeza. A perda
de um ente querido, o desapontamento de um sonho aniquilado, a dolorosa
constatação de uma traição jamais sonhada...
O fato é que a vida nos apresenta inúmeras tristezas. Tristeza fere. É
difícil. Porém, ela traz algo de bom. Tristeza traz-nos a constatação de que
somos sensíveis para com as circunstâncias e para com as outras pessoas. Ainda
que tremendamente dolorosa, consideremos a alternativa.
A Bíblia tem diversos relatos de pessoas que, em algum momento, passaram
por tristezas. Jacó entristeceu-se ao perder sua esposa, Raquel (Gênesis 48.7)
e por não conseguir salvar seu filho José. Ana era triste por causa de sua
esterilidade. A rainha Ester sentiu grande pesar em seu coração e derramou
lágrimas de tristeza por causa da proposta para destruir seu povo (Ester 1.18)
O Salmista experimentou a tristeza durante a opressão e as dificuldades
(Salmos 13.2).
Por fim, a maior de todas as tristezas suportadas por uma mulher foi a
de Maria, a mãe do Senhor, ao ver a tortura e execução de seu filho.
As Escrituras dizem que as tristezas do justo levam ao arrependimento e
à vida (2 Cor 7.9). No entanto, Deus poupa seus filhos de muitas tristezas (Filipenses
2.27).
Psicologicamente, a tristeza é aquele sentimento que traz angústia,
desânimo, solidão. Em casos extremos ela nos presenteia com uma depressão
terrível. Esse sentimento é oposto à felicidade, pois enquanto a felicidade é
nutrida através de muito esforço, acção, adaptação e auto-imagem positiva, a
tristeza penetra na alma quando mais se está fragilizado. A tristeza vem, na
verdade junto com a certeza da nossa incapacidade de resolver um conflito.
Ficamos tristes quando um amor não dá certo, quando perdemos um espaço,
quando perdemos alguém. Tristeza é perda. Não há tristeza que não venha colada
com uma perda. E quanto maior a perda, maior a correlação com o tamanho da
tristeza. A tristeza vem para nos lembrar que somos sujeitos incapazes de lidar
com o mundo. É a reacção humana a um constrangimento inelutável, à incapacidade
de aceitar um “não” do mundo. É a vontade de “sumir do mundo”. Ela vem para não
nos deixar esquecer o tamanho da nossa pequenez frente às forças externas.
Queridos amigos, quero lembrar-vos que Deus é soberano e onisciente. Ele
sabe tudo acerca de nossas vidas.
Ele sabe dos nossos fardos, dos nossos problemas, das nossas angustias e
quer aliviar-nos dessas circunstancias aflitivas. Aprendamos pois a desenvolver
a pratica de lançar os nossos fardos sobre o Senhor e de confiar
incondicionalmente que Ele providenciará as soluções, ao invés de tentarmos fazer
tudo sozinhos. Este é o fator fundamental para que possamos desfrutar de paz e
segurança.
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