terça-feira, 20 de setembro de 2011

Como Orar




                                                                                                                  Por; M. Lloyd-Jones





. . .trazemos à nossa lembrança a imporância vital da correta abordagem, pois esta é a chave que abre o entendi¬mento sobre a oração vitoriosa. Com freqüência se ouve dizer: «Você sabe, eu orei e orei, mas nada aconteceu. Carece que não encontrei paz. Nem sinto que tenha obtido qualquer satisfação com isso». Na maior parte dos casos, o problema se deve ao fato de que têm abordado erroneamente a oração. . . Inclinamo-nos por ser tão egocêntricos em nossas orações que quando dobramos os joelhos diante de Deus, só pensamos em nós mesmos e em nossos problemas e perplexidades. Já de partida nos pomos a falar dessas coisas, e decerto não acontece nada. . . Não é esse o modo de nos aproximarmos de Deus. Temos que fazer uma pausa antes de falarmos, na oração.

Os grandes mestres da vida espiritual, através dos séculos, sejam católicos-romanos ou protestantes, concordam . . .em que o primeiro passo da oração é sempre o que eles denominam de «recolhimento». Há um sentido em que toda pessoa, ao começar a orar a Deus, deve pôr a mão sobre a própria boca. Esse foi o problema de Jó. . . Ele achava que Deus não o tratara com bondade e se pôs a expressar livre¬mente os seus sentimentos. Mas quando. . . Deus começou a se entender com ele de perto, quando começou a revelar-se e a manifestar-se a Jó, que fez este? . . . Disse: «. . .Taparei com a mão a minha boca». E, por estranho que isso lhe pareça, você começa a orar nada dizendo; você medita naquilo que está para fazer.

Sei que é difícil. Somos apenas humanos, e somos pres¬sionados pela urgência da situação, pelos cuidados, ansie¬dades e problemas, pelas angústias mentais... E estamos tão cheios disso que, como crianças, começamos logo a falar. Mas se você quer estabelecer contato com Deus, e se você quer sentir os Seus braços eternos a envolvê-lo, tape a boca com a mão por uns instantes. Recolhimento! É isso: pare por um momento e lembre a si próprio aquilo que está prestes a fazer.
Studies in the Sermon on the Mount, ii, p. 51,2.

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