quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Fé, Perdão e Graça

 Contudo Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.”(Lc.23:34 a)

 Neste relato sobre a crucificação de Jesus, temos a surpreendente oração que trouxe à tona o propósito divino, “o perdão para os nossos pecados”.
A crucificação de Jesus revela o que o mundo é: “o povo estava ali e a tudo observava” com insensível indiferença; os governantes, que queriam a religião sem um Cristo divino crucificado por seus pecados, zombavam (Mt.27:41); os malfeitores blasfemavam e o injuriavam; o pecador consciente, orava; os cobiçosos assentaram-se diante da cruz e jogaram um jogo sórdido. A cruz foi e é o julgamento deste mundo e tendo Jesus sofrido em nosso lugar, nos deixou o exemplo para que pudéssemos seguir os seus passos. Estas mesmas palavras: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”, ressoou nos lábios de Estevam, diante da morte, à exemplo de Jesus, expressou rendição e a fé diante do Pai, confiando-Lhe todo o julgamento; que maravilhosa demonstração de fé!
o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca, pois ele, quando foi ultrajado não revidava com ultraje, quando maltratado não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente.” (1Pe.2:22,23)
 Perdoar é um ato de fé em Deus, é entregar o julgamento ao Pai, como reto juiz. Quando confio em Seu julgamento, manifesto a minha fé e sou capaz de perdoar como Cristo me perdoou. O perdão é exercido em fé.
 “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.” (Hb.11:6)
Há uma mentira que herdamos com a queda de Adão e Eva, que é a de tomarmos o lugar de Deus e quando não perdôo, tomo o julgamento nas minhas mãos, é como se quisesse me igualar a Deus, ocupando o Seu lugar; diria que é um sentimento “luciferiano” que não entendemos e nos deixamos aprisionar.
Jesus Cristo diante dos seus discípulos, em Mateus no capitulo 18, fala com propriedade a respeito do perdão (v.15) e transcorre dizendo:
 “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus.” E acrescenta:
 “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.”
Jesus estava querendo dizer: Prestem atenção a tudo que se diz, pois estou presente e testifico às suas obras neste mundo. Você tem prestado atenção às palavras da sua boca? Ao que tem sido ligado ou desligado na terra que consequentemente está sendo ligado ou desligado nos céus? Por que será que muitas respostas nunca chegam?
Quanto a questão de quantas vezes se deve perdoar, Jesus olhou para Pedro e respondeu:
Não te digo que até sete vezes, mas setenta vezes sete.”
É como se Jesus dissesse: “Pedro, se você está procurando um número, que tal quatrocentos e noventa!” Jesus, certamente estava dizendo que, quanto ao perdão, não há limites. E do versículo 23 em diante, acrescentou a parábola do credor incompassivo, dizendo: 
Por isso, o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos.”
Trouxeram diante do rei, um que lhe devia 10.000 talentos. Um talento correspondia a 6.000 denários na moeda da época. Este montante em dinheiro correspondia a uma dívida impagável, e ordenou o senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía e que a divida fosse paga. O devedor prostrou-se e rogou dizendo: “Sê paciente para comigo e tudo te pagarei.”  Ele pediu um prazo que não estava ao seu alcance, portanto, o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora, e perdoou-lhe a dívida.
Saindo, porém aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo: Paga-me o que me deves. Então o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente comigo, e te pagarei. Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida.”
 Vendo os seus companheiros o que se havia passado, relataram ao seu senhor, que o chamou de volta e lhe disse:Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti?
E indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida.”
E complementa Jesus:
Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão.”
Vale salientar que esta Palavra refere-se a alguém que provou o favor e o perdão do Senhor, mas pela sua insensibilidade e crueldade, negou o perdão ao seu conservo, cancelando o pagamento da sua própria dívida. De credor, voltou a ser devedor e foi lançado à prisão. O verdugo tem direito legal e é liberado para reclamar os bens, a vida e a família daquele que não perdoou. Esta questão é capaz de definir quem somos diante de Deus e diante dos homens; fomos chamados a ser perdoadores, já que provamos o perdão de Deus através da Cruz. Ao olharmos na direção de Deus, que é Santo, que não peca, a nossa dívida é enorme, impagável e necessitamos da graça revelada por meio de Jesus Cristo, para saúda-la, mas ao olharmos em direção ao outro, vemos que somos todos, devedores. Então, não deveríamos perdoar? Um traço marcante sobre a vida daquele que não perdoa, é ser implacável com qualquer um que lhe desagrade, por isso, que o Espírito Santo traga revelação ao coração daquele que crê em Jesus, se há questões de dívidas que necessitem ser perdoadas,  para que a benção de Deus seja liberada.

Filhinhos meus, estas cousas vos escrevo para que não pequeis. Se todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro.” (1Jo.2:1 e 2)

Fonte;palavraapostolica.com

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