segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Depressão


       

por Reinaldo de Paula

Ao contrário de que muitos dizem, depressão não significa tristeza. 

A tristeza é um sentimento experimentado por todas as pessoas, em algum momento da vida, que em geral dura horas ou poucos dias. 

A depressão vai muito além disso. Ela invade o indivíduo afetando não só o seu humor, mas também o seu comportamento e pensamento. 

A tristeza profunda e abatimento são desproporcionais a qualquer causa alegada, e muitas vezes surgem sem nenhum motivo aparente. Além disso, a depressão perdura por semanas, meses e até anos, comprometendo a vida pessoal e profissional das pessoas. 

As relações familiares também podem ser prejudicadas pelas mudanças que ocorrem com o indivíduo e pela dificuldade dos familiares em compreendê-lo. 

Somente o deprimido sabe o quanto está sofrendo, a depressão é invisível, não sangra... As pessoas próximas muitas vezes não compreendem por não "verem" a doença. 

Hoje temos à disposição tratamentos efetivos para a grande maioria dos casos. Mesmo assim, estima-se que menos de 25% dos indivíduos afetados no mundo recebe tratamento adequado. Uma das principais razões para que isto ocorra é o estigma social associado aos problemas psiquiátricos, incluindo a depressão. muitas pessoas ainda a consideram uma "fraqueza", ou falta de "força de vontade", até mesmo muitos indivíduos deprimidos, que se recusam a procurar ajuda.

Outro equívoco comum é acreditar que sintomas depressivos seriam "normais" em determinados períodos da vida como menopausa ou a terceira idade. Por impedir o acesso ao tratamento, estas idéias acabam impossibilitando que indivíduos acometidos pela depressão possam voltar a desfrutar da vida plenamente.

ATENÇÃO: Se você apresentar 4 ou mais sintomas abaixo, durante a maior parte do tempo por, no mínimo, duas semanas, procure um médico:
  • Tristeza intensa, angústia, choro fácil ou apatia;
  • Perda do interesse ou prazer pelas atividades antes prazerosas;
  • Diminuição de energia ou cansaço excessivo;
  • Baixa auto-estima;
  • Culpa e auto-crítica excessivas;
  • Alterações do sono (insônia ou sonolência excessiva);
  • Alterações do apetite (diminuição ou aumento significativo);
  • Dificuldades de raciocínio e concentração;
  • Agitação intensa ou lentificação;
  • Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio.

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